| Reflexões Evangélicas | 
| Posted: 01 Nov 2013 07:00 PM PDT   Sem fazer-se anunciar e quase despercebida uma nova cruz introduziu-se  nos círculos evangélicos dos tempos modernos. Ela se parece com a velha cruz,  mas é diferente; as semelhanças são superficiais; as diferenças fundamentais.   Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à vida cristã, e  dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica – um novo tipo de  reunião e uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu  conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior.   A velha cruz não fazia aliança com o mundo. Para a carne orgulhosa de Adão ela significava o fim da jornada,  executando a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe a raça  humana; pelo contrário, é sua amiga intima e, se compreendemos bem, considera-a  uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer  interferência. Sua motivação na vida não se modifica; ele continua vivendo para  seu próprio prazer, só que agora se deleita em entoar coros e assistir filmes  religiosos em lugar de cantar canções obscenas e tomar bebidas fortes. A ênfase  continua sendo o prazer, embora a diversão se situe agora num plano moral mais  elevado, caso não o seja intelectualmente.   A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística nova e por completo  diferente, Geralmente, o  evangelista não  exige a renúncia da velha vida antes que a nova possa ser recebida. Ele não prega contrastes, mas semelhanças. Busca a  chave para o interesse do público, mostrando que o cristianismo não faz  exigências desagradáveis; mas, pelo contrário, oferece a mesma coisa que o  mundo, somente num plano superior. O que quer que o mundo pecador esteja  idolizando no momento é mostrado como sendo exatamente aquilo que o evangelho  oferece, sendo que o produto religioso é melhor.   A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. Ela o faz  engrenar num modo de vida mais limpo e agradável, resguardando o seu respeito  próprio. Para o arrogante ela diz: "Venha e mostre-se arrogante a favor de  Cristo"; e declara ao egoísta: "Venha e vanglorie-se no Senhor". Para o que  busca emoções, chama: "Venha e goze da emoção da fraternidade cristã". A mensagem  de Cristo é manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la aceitável  ao público.   A filosofia por trás disto pode ser sincera, mas sua sinceridade não  impede que seja falsa. É falsa por ser cega, interpretando erradamente todo o  significado da cruz.   A velha cruz é um símbolo da morte. Ela representa o fim repentino e  violento de um ser humano. O homem, na época romana, que tomou a sua cruz e  seguiu pela estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais voltaria.  Estava indo para o seu fim. A cruz não fazia acordos, não modificava nem  poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não  tentava manter bons termos com a vitima. Golpeava-a cruel e duramente e quando  terminava seu trabalho o homem já não existia.   A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe comutação de pena nem fuga. Deus não pode aprovar qualquer  dos frutos do pecado, por mais inocentes ou belos que pareçam aos olhos  humanos. Deus resgata o indivíduo, liquidando-o e depois ressuscitando-o em novidade  de vida.   O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de Deus e  os do homem é falso em relação à bíblia e cruel para a alma de seus ouvintes. A fé manifestada por Cristo não tem paralelo  humano, ela divide o mundo. Ao nos aproximarmos de Cristo não elevamos nossa  vida a um plano mais alto; mas a deixamos na cruz. A semente de trigo deve cair  no solo e morrer.   Nós os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes ou  relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo.  Não devemos imaginar que fomos comissionados para  tornar Cristo aceitável aos homens de negócios, à imprensa, ao mundo dos  esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas, mas profetas, e nossa  mensagem não é um acordo, mas um ultimato.   Deus oferece vida, embora não se trate de um aperfeiçoamento da velha  vida. A vida por ele oferecida é um resultado da morte.  Ela permanece sempre do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la deve passar  pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a justa sentença  de Deus contra ele.   O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado que quer  encontrar vida em Cristo Jesus? Como esta teologia pode ser trazida em termos  de vida?    É muito simples, ele deve arrepender-se e crer. Deve esquecer-se de seus pecados e depois esquecer-se de si mesmo. Ele  não deve encobrir nada, defender nada, nem perdoar nada. Não deve procurar  fazer acordos com Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do desagrado  severo de Deus e reconhecer que merece a morte.   Feito isso, ele deve contemplar com sincera confiança ao salvador  ressurreto e receber dEle vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz que terminou a vida terrena de Jesus põe  agora um fim no pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o  levanta para uma nova vida com Cristo.   Para quem quer que deseje fazer objeções a este conceito ou considerá-lo  apenas como um aspecto estreito e particular da verdade, quero afirmar que Deus  colocou o seu selo de aprovação sobre esta mensagem desde os dias de Paulo até  hoje. Quer declarado ou não nessas exatas palavras, este  foi o conteúdo de toda pregação que trouxe vida e poder ao mundo através dos  séculos. Os místicos, os reformados, os revivalistas, colocaram aqui a sua ênfase,  e sinais, prodígios e poderosas operações do Espírito Santo deram testemunho da  aprovação divina.   Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular a verdade?  Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho ou alterar o  padrão que nos foi mostrado no Monte?    Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e conhecermos e velho  poder.    A. W. Tozer/ Fonte: Revista Betel, Ano 1, nº 1, Inverno 2005   Por Litrazini   http://www.kairosministeriomissionario.com/   Graça e Paz | 
| You are subscribed to email updates from Reflexões Evangélicas To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. | Email delivery powered by Google | 
| Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610 | |




0 comentários:
Postar um comentário